Fundo Verde registra a primeira desvalorização desde a crise de 2008. Confira razões.
Ao menos 19 categorias de servidores avaliam greve por reajuste salarial. Leia mais aqui.
ETF “do pecado” foca em cassinos, jogos de azar e empresas que vendem álcool ou cannabis. Leia mais aqui.
Planos de saúde individuais podem ter reajuste recorde em 2022, diz BTG. Veja ações beneficiadas.
NEGÓCIOS
Fundo Verde registra a primeira desvalorização desde a crise de 2008
Foto: Reprodução
Pela segunda vez desde que foi fundado - e a primeira desde a crise de 2008 -, o fundo Verde, de Luis Stuhlberger, terminou 2021 com desvalorização de 1,1% em razão, principalmente, da desvalorização das ações brasileiras em um ano “frustrante”.
Em carta aos cotistas, a asset que gere o fundo destaca que o desempenho negativo se deve principalmente à aposta no mercado de ações. Segundo a gestora, a expectativa de avanço ágil da vacinação reforçava as perspectivas de recuperação econômica. “Embora [...] o mercado brasileiro tenha ido bem até meados de julho, no segundo semestre do ano a implosão do teto dos gastos pelo governo, via a PEC dos Precatórios, alterou de modo importante todo o equilíbrio macro e microeconômico do Brasil.”
Ganhos: Apesar do desempenho negativo, as alocações pequenas em criptomoedas, crédito e commodities registraram ganhos, e “adicionaram valor ao fundo [conforme] uma estratégia da gestão de diversificar a alocação de capital do Verde”.
Essa semana vimos o Brasil registrar uma inflação de dois dígitos em 2021 e o IPC dos EUA alcançar o seu maior valor em um ano desde 1982. O controle da alta dos preços tem sido uma dor de cabeça para os Banco Centrais ao redor do mundo - e também levantado a discussão sobre o quanto os próprios BCs são culpados.
Nos EUA, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, passou a reconhecer a atual inflação não mais como transitória apenas no final de 2021. Em audiência no Senado americano nesta terça-feira (11), Powell culpou o desequilíbrio entre oferta e demanda pela escalada da inflação. Para o presidente do Fed, os gargalos nas cadeias produtivas devem ser normalizados ao longo deste ano, o que ajudará a conter a escalada inflacionária.
Apesar do otimismo, o dirigente assegurou que o banco central americano está disposto a usar “todos os instrumentos” necessários para conquistar a estabilidade dos preços - incluindo a elevação dos juros em ritmo mais rápido.
Esse texto faz parte do Suno Call Assinantes, mas é disponibilizado toda quinta-feira de forma aberta a todos. Caso queira ter acesso às carteiras recomendadas, relatórios e outros conteúdos exclusivos, clique aqui e assine a Suno Premium com 15% off!!!!
O QUE MEXE COM SEU BOLSO HOJE
Inflação, aqui e lá fora, no radar dos investidores
Nesta quinta (12), as bolsas mundiais operam com direções variadas, após dados americanos apontarem inflação de 7% nos Estados Unidos, reforçando a leitura do mercado financeiro para o aumento do juro em março. Por lá, hoje deve ser feita a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI na sigla em inglês), outro termômetro de ritmo para a inflação. Já no Brasil, principal destaque é a divulgação do desempenho do setor de serviços em dezembro do ano passado.
Engatando dois pregões consecutivos de alta, o Ibovespa fechou ontem com valorização de 1,84%, aos 105.685 pontos, puxado para cima pelo cenário externo favorável. Segundo analistas, a falta de surpresas na divulgação de dados sobre a inflação americana trouxe alívio para o mercado de juros, câmbio e de ações. Veja o que movimentou a Bolsa.
Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,11%, o S&P 500 avançou 0,28% e o Nasdaq subiu 0,23%.
Market share dos principais fabricantes de baterias para carros elétricos em 2021. Foto Statista
ECONOMIA
Ao menos 19 categorias de servidores avaliam greve por reajuste salarial
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Está marcada para a próxima terça (18) uma mobilização de, pelo menos, 19 categorias de funcionários públicos em busca de reajustes salariais, após promessa do governo federal à classe de policiais. Além das paralisações em janeiro, para pressionar o governo, haverá uma assembleia em fevereiro para deliberar sobre uma possível greve dos servidores.
O Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) aprovou no dia 29 de dezembro um calendário de mobilização da categoria de servidores. Assim, os servidores, apoiados por seus sindicatos, devem suspender os trabalhos nos dias 18, 25 e 26 de janeiro. Já a decisão sobre uma eventual greve dos servidores, por período mais longo, ficou para o mês que vem.
Banco Central: Entre as categorias que estudam parar, funcionários do Banco Central confirmaram que suspenderão o trabalho na próxima terça-feira (18) das 10h às 12h, segundo Fábio Faiad, presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) ao jornal Folha de S.Paulo. Ontem, representantes da entidade participaram de uma reunião com o presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, para deliberarem sobre o reajuste salarial, mas não houve definição.