Para uma boa análise, o investidor deve entender profundamente o que a empresa faz e o mercado em que ela está inserida. Isso pode ser feito lendo o formulário de referência da empresa, que conta detalhadamente o histórico e os detalhes de como funciona a operação e o mercado de atuação. Essa informação também pode ser obtida através de outras fontes especializadas ou relatórios de terceiros.
Em seguida, é importante ler os demonstrativos financeiros da empresa, como demonstrativo de resultado, balanço patrimonial e demonstrativos de fluxo de caixa. Esses documentos irão fornecer informações sobre a saúde financeira da empresa, como liquidez, rentabilidade, endividamento e geração de caixa. Vale ressaltar que é essencial ler as notas explicativas, que dão mais detalhes sobre os números expostos.
Através deles, podemos calcular algumas métricas para termos uma noção do valor da companhia (como índice Preço/Lucro), do nível de endividamento (como Dívida Líquida/EBITDA) ou rentabilidade (como ROE).
Além disso, é importante não se prender ao passado e avaliar as perspectivas do setor e da empresa, através de notícias, entrevistas com especialistas, analisando a posição e concorrentes no mercado ou realizando uma comparação com pares de outros países.
Por fim, avaliar a gestão é outro passo importante, uma vez que ela determina o caminho e as tomadas de decisão da companhia. Portanto, é importante analisar a experiência e reputação dos executivos.
A análise não é uma ciência exata e está sujeita a subjetividade da interpretação dos dados, que pode gerar conclusões diferentes entre um investidor e outro.